Na tarde desta terça-feira (25) durante coletiva de imprensa o secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes, falou ao lado do subsecretário de Vigilância em Saúde, Luiz Carlos Reblin, sobre a situação da pandemia do novo coronavírus no ES.
Um dos assuntos abordados foi a polêmica volta as aulas e as aglomerações vistas nos últimos dias nas cidades. “Sobre a volta às aulas o governador vai tratar ao longo dessa semana. A Secretaria de Estado da Saúde tem condição de testar todo paciente sintomático. O Lacen, a partir de setembro, deve realizar mais de 2 mil testes por dia. Hoje não há como confirmar quando serão retomadas as aulas. Estamos amadurecendo o tema com o segmento escolar”, destaca Nésio.
O secretário disse ainda que a flexibilização das atividades sociais diante do Mapa de Risco aumenta a responsabilidade da população quanto aos protocolos. “Também das instituições no real cumprimento dos protocolos do distanciamento social, do uso de máscara, de etiqueta respiratória. A sociedade precisa ter adesão e coesão de cumprir as medidas que cada atividade econômica e social tem determinado para ela. A pandemia não acabou e temos ainda uma boa jornada até a chegada da vacina”.
O subsecretário de Vigilância em Saúde, Luiz Carlos Reblin ressaltou que as aglomerações que estão sendo vistas ferem completamente o regramento estabelecido para liberação de determinado espaço, estabelecimento comercial. “Se um estabelecimento, restaurante pode funcionar até determinado horário, ele pode funcionar com afastamento de mesa, com lotação máxima estabelecida. Fugir destas regras é trazer para si, pro proprietário do estabelecimento e para quem frequenta uma responsabilidade legal, mas acima de tudo uma responsabilidade de consciência, porque o dano a saúde dessa pessoa que frequenta este estabelecimento que frequenta este estabelecimento ou parente ela vai ser conhecida de todos. Se alguém adoecer e for a óbito, é possível que se estabeleça um vínculo em relação a queda dessas regras estabelecidas”, destaca.
Reblin disse que ainda que o que está sendo visto nas cidades nestes últimos dias há que se pensar bem na responsabilidade de cada um. “Que é do proprietário, mas também de quem frequenta. As regras são claras, estamos caminhando numa dimensão de cuidados para que a gente possa voltar a conviver, a frequentar determinado espaços, a realizar as atividades que realizávamos antes, sem estas regras colocamos em risco tudo que conquistamos até hoje”.
Nésio ressaltou que ao longo da evolução da pandemia o ES se caracterizou pela precocidade da capacidade de avaliar o risco real da pandemia no Estado. “Tivemos um plano de contingência já desenhado no mês de fevereiro e tomamos um conjunto grande de decisões para que o Estado não colapsasse em nenhum momento. Não se cumpriram os piores prognósticos. Nós conseguimos resistir ao pior momento assistencial, ao pior momento de casos novos de óbitos que ocorreram no mês de maio até o final de junho no nosso Estado, quando inclusive cruzaram uma prevalência alta de casos na Grande Vitória com o crescimento grande de casos no interior do Estado”.
Disse ainda que desde o início de agosto o Estado alertou que seria um mês de transição. “Um mês de queda das curvas de óbitos, casos e internações hospitalares e que poderíamos então estar apontando para os meses seguintes um novo momento e de fato entendemos que agosto deve consolidar essa transição da fase de recuperação com as medidas de reabilitação já tomadas na rede hospitalar. Essa transição consolidada poderá permitir que o governo aponte um conjunto novo para os meses de outubro e novembro. É possível que a queda de óbitos e de casos internados no mês de setembro se encontre em níveis aceitáveis para que a gente consiga modificar algum entendimento e qualificação de muitas medidas tomadas ao enfrentamento da pandemia”.
Por fim, Nésio disse que tem reforçado com os municípios que intensifique a fiscalização de toda e qualquer atividade que remeta a indisciplina social que exponha a população a risco. “Nós precisamos nos preocupar em salvar vidas e enfrentar a pandemia com as armas que são conhecidamente úteis para evitar o prolongamento dela em nosso estado”.