Bruno Lyra
Sem aulas desde o fim de agosto do ano passado quando a Defesa Civil interditou o prédio por risco de desabamento, a Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Manuel Viera Lessa foi alvo de invasão e vandalismo no último final de semana. A escola fica numa das regiões mais carentes da Serra, a comunidade de José de Anchieta II.
A presidente da Associaçao de Moradores do bairro, Maria do Carmo Balduíno, esteve na tarde desta terça – feira (24) na escola junto com outros seis pais e a direção da instituição. E segundo Maria, os invasores pularam o tapume colocado por ocasião da interdição na entrada e serraram uma grade.
“Espalharam materiais, brinquedos educativos e tinta pelas salas. Como a escola está abandonada, tem tanta poeira que ficou a marca dos pés das pessoas que entraram. Deu para ver que foram crianças e adolescentes. Mas, aparentemente, nada foi roubado”, observou.
Maria do Carmo disse que a invasão foi notada na última segunda – feira (23) pelo vigilante, mas a comunidade só foi comunicada nesta terça. “Na sexta, no sábado e no domingo vizinhos ouviram barulho de alarme, mas acharam que era ambulância. Eu também ouvi e também achei que era ambulância”, frisou.
A líder comunitária falou que a comunidade teme novas invasões. “Só há vigilância de segunda a sexta das 7h às 17h. E desde a interdição a escola ficou abandonada. Além de não ter feito a obra, a Prefeitura não capinou e nem limpou o terreno, que agora está cheio de lixo e mato”, lamentou.
Dispersão e espaço improvisado
A presidente da associação de moradores disse ainda que, quando houve a interdição, os 765 alunos da EMEF, dos turnos vespertino e matutino, ficaram dias sem aula. “Os maiores, do 6º ao 9º ano, foram realocados em escolas da região: três turmas passaram a funcionar no Silva Egito, que é do Estado. Outros alunos foram para o Manuel Carlos de Miranda, que fica no Anchieta I, próximo à BR 101. E teve aluno que foi para escolas de Jardim Tropical.
Por serem mais dependentes na hora do deslocamento, as crianças menores (do 1º ao 5º ano) tiveram ainda mais dificuldade. A prefeitura alugou para elas, no próprio bairro, um espaço anexo à igreja Presbiteriana que foi improvisado como escola. “Como o local é muito quente, muitas crianças passaram mal, alguma até desmaiaram. O espaço foi refrigerado depois, o que amenizou um pouco”, detalhou.
Maria do Carmo disse que, como nada foi resolvido na Emef Manuel Viera Lessa, a situação deve permanecer a mesma nesses primeiro meses de 2017. “Com o agravante de que a pré-escola do bairro liberou de 45 a 50 crianças para o Ensino Fundamental. É mais aluno que terá de ir para o espaço improvisado no anexo da igreja”, avisou.
Rachaduras e piso cedendo
A interdição da escola aconteceu em 31 de agosto de 2016. A ação foi motivada por rachaduras em paredes, colunas dilatadas, lajes trincadas, quadra e biblioteca com piso cedendo, problemas que ainda não foram solucionados. A instituição, que atende crianças de seis a quatorze anos, do 1º ao 9º ano, foi construída numa área de brejo que fica ao lado de um valão e nas épocas de chuvas mais intensas constuma sofrer alagamentos.
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