O prefeito Audifax Barcelos (Rede) deve escolher um de seus secretários para lançar na corrida majoritária. Pelo fato de estar como prefeito, ele, naturalmente, tem mais condição de transferir uma votação expressiva para o escolhido; por isso, quanto mais candidatos houver na disputa, mais chances o mandatário teria de empurrar seu sucessor ao segundo turno.
É seguro dizer que, na eleição, ao menos três nomes estão confirmados no momento: o deputado federal Sérgio Vidigal pelo PDT; o deputado estadual Vandinho Leite pelo PSDB e um candidato apoiado pelo prefeito Audifax e devidamente filiado à Rede. Todos esses citados possuem partido que lhes dá plena condição de serem efetivamente candidatos e acesso a recursos e militância.
O secretário estadual e deputado licenciado Bruno Lamas (PSB) também corre na disputa, mas precisará provar para o governador Renato Casagrande (PSB) que é competitivo o suficiente para o PSB investir nele.
Casagrande vai colocar na balança ao menos três itens: 1 – o custo de lançar Bruno no arranjo das forças aliadas (leia-se Vidigal); 2 – as chances de vitória de seu pupilo; e 3 – as consequências para a sua imagem pessoal em caso de uma derrota frustrante.
Com o afunilamento da eleição, em algum momento, Casagrande vai intermediar uma conversa entre Bruno e Vidigal para, no mínimo, estabelecer uma relação para o segundo turno. Esse é um fator de risco para Audifax, que não tem interesse em ver Vidigal e Casagrande juntos.
Portanto, essa relação ainda está embolada. Outro que corre pelas bordas é o deputado estadual Alexandre Xambinho, atualmente filiado à Rede. O parlamentar sequer esteve presente à convenção de seu partido no último sábado (15).
Ele quer ser candidato, mas depende do partido. Pela Rede, não terá espaço, e não há janela de transferência partidária para deputado. Ele tentou o Republica-nos, entretanto, acabou não dando liga; agora, a aposta é pelo PL, do senador Magno Malta. Xambinho ainda pesa o risco e as consequências de uma saída truncada com Audifax.