No próximo dia 21, enfermeiros, auxiliares e técnicos em enfermagem de todo o país devem cruzar os braços por 24h. A paralisação nacional é em função da liminar assinada pelo ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, que suspendeu a Lei que criou o piso salarial da categoria, aprovada no Congresso Federal.
Segundo a presidente do Sindienfermeiros, Valeska Fernandes, não está descartada a possibilidade de uma greve por tempo indeterminado. “Até agora, o que temos é a paralisação de 24 horas. Uma deliberação da nacional, e os enfermeiros servidores públicos estaduais e municipais aderiram em Assembleia realizada em 14/09”, afirmou.
Sobre a agenda de novas paralisações, disse que vai aguardar as deliberações dos dirigentes nacionais. “Estamos seguindo a agenda nacional de lutas. O dia 21 é o prpximo passo. Estamos atuando diretamente junto aos parlamentares para fontes de custeio”, acrescentou.
A sindicalista disse ainda que haverá uma reunião entre sindicato e rede privada do Estado, na próxima segunda-feira (19).
O ex-vereador Basílio da Saúde disse que a liminar que suspendeu a Lei do piso salarial da categoria considerou alegações de algumas instituições de saúde. “Alegam que terão que demitir profissionais e podem entrar em colapso financeiro”, explicou.
Segundo Basílio, no país são mais de 2.6 milhões de profissionais de enfermagem. No Estado o número é de 60 mil e na Serra, entre 12 e 15 mil.
Aprovada no Senado e na Câmara Federal, a Lei que instituiu o piso salarial de enfermeiros, auxiliares e técnicos seria efetivada no próximo dia 5, quando o pagamento seria feito, mas uma liminar do STF suspendeu o pagamento por 60 dias, acatando um pedido de inconstitucionalidade no projeto.
Segundo a Lei, enfermeiros teriam salário de R$ 4.750; técnicos de enfermagem: 70% do piso, chegando a R$ 3.325 e auxiliares e parteiras: 50% do valor, R$ 2.375.