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Em coletiva, Rodrigo Caldeira fala sobre relação com o Executivo

Rodrigo Caldeira foi eleito na manhã deste sábado (2/6)

Em coletiva, Rodrigo Caldeira (Rede) falou sobre como serão as ações da Casa de agora em diante. Foto: Gabriel Almeida

Em entrevista coletiva, concedida logo após ser reeleito presidente da Mesa Diretora da Câmara da Serra, o vereador Rodrigo Caldeira (Rede) fala sobre como serão as ações da Casa de agora em diante:

O que será feito diante da decisão publicada pelo Tribunal de Justiça, que anula a eleição ocorrida em junho de 2017, na qual o senhor foi eleito?

Respeitamos a decisão da Justiça que destituiu a Mesa, acatamos. Tanto que quem realizou a eleição foi o vereador mais votado; porque se não tem Mesa Diretora, volta o vereador mais votado. Respeitamos a decisão e fizemos a eleição hoje, dois de junho, que a juíza Telmelita Guimarães havia determinado essa data.

Esta decisão interfere na eleição realizada hoje pela manhã?

Não porque a decisão de dois de junho vem de janeiro. Só cumprimos a decisão dela de dois de junho e acatei a destituição da Mesa. 

O senhor pretende entrar com algum recurso para reverter a anulação?

O jurídico já está analisando. Vamos pegar o processo segunda-feira (4), para analisar e com certeza vamos adotar alguma ação. Mas essa é a parte da Procuradoria da Casa. 

Quem conduz a Câmara até o final deste ano?

Pelos próximos dez dias ou enquanto não houver outra eleição quem conduz a Casa é o mais votado, vereador Adriano Galinhão. Ele convocará nova eleição para o mandato até dezembro.

Como foram as articulações para trazer a maioria dos votos para o senhor. Recebeu o apoio do deputado Sérgio Vidigal?

Há muitas falas, mas este grupo foi apoiado acreditando em um projeto político para a Serra. Não teve apoio de deputados, teve muita conversa de corredores e, infelizmente, você ouve muito quando está no corredor. Foram dias difíceis, os vereadores que aqui estavam, apesar que entraram [no Plenário] 13. Os que acreditavam em um projeto de uma nova Mesa Diretora, de uma nova era a Serra e tem muito compromisso com a cidade.

Como fica a relação na Rede após a votação de hoje?

Nunca citei o nome do prefeito. Continuo na Rede, sou Rede. Executivo e Legislativo são poderes independentes, mas harmônicos. Não vou procurá-lo, e o que for melhor para a cidade vamos votar.

Quando será realizada a eleição do mandato tampão e qual chapa será apresentada?

Ainda não sabemos, fomos pegos de surpresa com a decisão. Vamos conversar com a Procuradoria.

O senhor falou que o Executivo por vezes quer a votação de projetos sem a devida discussão. A escolha dos membros das comissões permanentes foi pensando em enrijecer a análise dos projetos do Executivo?

Não. Desde que assumimos a Casa temos analisado todos os projetos com mais seriedade. Votávamos infelizmente de qualquer maneira, e muitos vereadores não sabiam o que estavam votando. Hoje, os vereadores discutem todos os projetos que vêm pra Casa. São passados às comissões, se não entendemos algumas coisas o secretário municipal é convocado para apresentar o projeto. Hoje nós respeitamos as comissões da Casa.

Como foram as conversas que resultaram na chegada de Geraldinho PC e Basílio da Saúde para o grupo?

Essa foi uma decisão republicana, com tranquilidade. Acredito que viram que aqui era melhor. Havia muita conversa, mas na verdade ninguém sabia quem era quem, a não ser quem estava conduzindo. Eu hora nenhuma me pronunciei, mas sabíamos que tínhamos 13 vereadores.

Com vereadores de oposição compondo as principais comissões, como avalia a governabilidade do prefeito nos próximos dois anos?

Esta Casa tem compromisso com a cidade. O que vier e for melhor para a cidade será votado com tranquilidade. Só não vamos aceitar, com certeza, projetos que chegam no apagar das luzes serem votados. Vamos analisar com critério e cuidado; temos uma Mesa Diretora que analisa os projetos; não estamos aqui para travar nada e estamos provando isso.

Como é a tramitação dos projetos nas comissões permanentes?

Hoje, na atual Mesa, o presidente da Comissão de Justiça é o vereador Nacib Haddad (PDT), que não travou nenhum projeto. Entraram na Justiça com alguns pedidos, mas quando assumimos foram mais de 20 dias sem um grupo de vereadores aparecerem na Casa, taxados de grupo do prefeito; estavam na sala, mas não entraram para votação. Nós votamos todos os projetos do prefeito. O presidente da Comissão de Justiça era o vereador Miguel da Policlínica (PTC/vice-líder do prefeito), que entregou depois de 15 dias os projetos para a nova comissão. O atraso foi da comissão passada, não da atual.

Vereadores estão coletando assinaturas para a CPI da Iluminação Pública. Isso vai prosseguir?

Não estou ciente.

Vai realizar auditorias na Câmara sobre os contratos da gestão passada?

Essa parte jurídica eu deixo para minha Procuradoria. Estamos com muita dificuldade desde que assumimos esta Casa, para nos defender e nos manter. Temos muita coisa planejada, mas ainda não colocamos em prática. Em breve vamos começar a tocar.

Sobre o projeto que autoriza a prefeitura ao empréstimo de R$ 230 milhões, aprovado em sessão extraordinária fora das dependências da Câmara. Será novamente votado?

Quem coloca em pauta é o secretário [vereador Roberto Catirica/PHS). Esse projeto foi votado e está judicializado. Vamos verificar junto à Procuradoria.

Sobre a decisão da Justiça é totalmente estranha, sem data, passando sobre o TJ. Infelizmente são práticas usadas no município, mas acredito na Justiça. Práticas influenciadas pelo prefeito da Serra. 

Acredita que a harmonia volta a reinar na Câmara?

Não temos dificuldade para dialogar, mas estamos preparados para qualquer ação que vier de lá. Temos muita tranquilidade para diálogo com o prefeito. Fui eleito pela Rede, mas essas práticas são duras de receber.

 

 

Mari Nascimento

Mari Nascimento é repórter do Tempo Novo há 18 anos. Atualmente, a jornalista escreve para diversas editorias do portal, principalmente para a de Política.

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