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Eleição em Laranjeiras: candidatos apresentam propostas para o bairro

Após uma espera de dois anos, está confirmada para o próximo dia 11 a eleição para escolha dos novos dirigentes da Associação de Moradores do Parque Residencial Laranjeiras (AMRPL). Atualmente, 970 eleitores estão aptos a votar. O Jornal Tempo Novo conversou com 3 dos quatro candidatos a presidente do centro comunitário, que apresentaram suas preocupações e propostas para a comunidade.
Lusmar Furtado. Foto: Divulgação

Lusmar Furtado dos Santos já iniciou afirmando que sua chapa foi vítima de boicote. “Tentaram nos prejudicar; alguém foi lá e pediu ao garoto, membro da chapa, para sair, pensando que nós não iríamos mais concorrer. Já conseguimos outra pessoa para colocar no lugar”.

Ela avalia a atual situação da comunidade como “lastimável”. Acrescentando “Só houve prejuízo para a comunidade todo esse tempo sem uma diretoria séria”.
Lusmar listou propostas para a instituição. “Levar a instituição ao seu papel verdadeiro, que é o social, em prol da comunidade. Fazer com que a associação esteja definitivamente fazendo o seu papel social. O morador deve votar na Chapa 3 porque seus candidatos são pessoas comprometidas com o bem da coletividade e já vêm lutando, há anos, para romper o ciclo vicioso que vem há anos com medidas judiciais que resultaram na intervenção. Teremos mais forças para lutar estando à frente da associação”.
Tim Mendes. Foto: Divulgação
Conhecido como Tim, Ailson Mendes Pereira avalia o período de intervenção como “merecido”. Ele acrescentou que a associação tem uma renda entre R$ 35 e 40 mil, mas que na gestão anterior havia funcionários com pagamentos atrasados, luz atrasada. Dívida de R$ 1 milhão de IPTU.
“Foi assim que nós, moradores, fizemos uma assembleia na rua e conseguimos afastar a antiga presidência, que estava depauperando o centro comunitário. Temos um interventor que colocou as contas em dia; o serviço está sendo bem feito e quem trabalha tem que receber, ele tem o salário de R$ 8.500 ao mês. Eu acho pouco porque [agora] as contas estão em dia. Entretanto, ele não conhece o bairro. É uma pessoa alheia à comunidade. Mas o bairro perde porque não tem com quem brigar. A direção tinha um vínculo muito forte com vereadores, prefeito e outros membros da prefeitura. Era uma agência entre amigos. Temos um terreno de mais de R$ 2 milhões que foi doado, em uma assembleia com 40 pessoas. O preço social disso é enorme”, relembrou.
“Hoje na comunidade falta um representante que esteja no centro comunitário e que não faça disso um palanque político e nem esteja ligado a nenhum partido. Existem candidatos pedindo apoio a determinado deputado e até vereador. E o que vai acontecer é que a comunidade vai continuar sucateada.
​Quero trabalhar em prol da comunidade, com a diferença de que não estou ligado a nenhum partido político, vereador, deputado estadual ou prefeito. Não tenho cargo comissionado junto à prefeitura. Esses vínculos atrasam o progresso aqui dentro”, contou.​
Laelio Aquino. Foto: Divulgação
Laélio Aquino lembrou que os eleitores estão aguardando para ter o direito de eleger seus representantes, nas eleições que iriam ocorrer no dia 09 de fevereiro de 2019.
“As chapas adversárias com medo de encarar nossa chapa nas urnas entraram com uma liminar pedindo para adiar as eleições e, com isso, postergaram as eleições. O interventor está até hoje no comando da nossa associação com um salário de 8.500,00 e mais 3.500,00 para seu assistente jurídico (advogado), tendo a associação gasto mais de R$240 mil reais. Esse dinheiro poderia ser revertido na reforma do nosso campo, uma vez que estamos reformando com recursos dos próprios moradores. A eleição foi marcada novamente para dia 16 de junho de 2021 e mais uma vez foi adiada”, começou Laélio.
O candidato continuou afirmando que o bairro está sem um representante para reinvidicar melhorias e resolução dos problemas existentes e que foi criado um grupo no WhatsApp com 120 Moradores a fim de discutir melhorias para o bairro.
“Os moradores querem exercer seu direito democrático votar e ser votado. Temos que virar a página dessa associação, que estava mergulhada em negociatas ilícitas e se transformou em um balcão imobiliário, temos que abrir essa caixa preta e contratar uma auditoria independente para levantar todas as irregularidades e conhecermos a verdadeira situação do nosso patrimônio”, disse.
“Sou morador há 43 anos na nossa comunidade e candidato pela Chapa 1 Raízes de Laranjeiras. Trabalho como voluntário em prol da nossa comunidade, ninguém melhor que os moradores para falar das nossas lutas, vamos revitalizar nossa comunidade com apoio do Executivo e de outras lideranças da cidade”, concluiu.
A reportagem não conseguiu o contato do candidato Eliudson Simões Nascimento, da Chapa 4.
3 anos atrás
Mari Nascimento

Mari Nascimento é repórter do Tempo Novo há 18 anos. Atualmente, a jornalista escreve para diversas editorias do portal, principalmente para a de Política.

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