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Educação, saúde, emprego e violência: desafios do próximo prefeito

 

Vidigal, Venturini, Gideão, Givaldo e Audifax são os candidatos a prefeito. Foto: Arquivo TN

Por Clarice Poltronieri

Domingo (2), os serranos vão escolher o gestor que irá comandar a cidade pelos próximos quatro anos, caso não haja segundo turno.  E os desafios que o próximo prefeito vai encontrar não são poucos, já que o crescimento da população tem sido proporcional à receita, não havendo folga para novos investimentos.

De 2010 a 2016, a população saltou de 409 mil para 494 mil (dados do IBGE), um crescimento de 20,7%. Já a receita municipal está em queda. De 2010 a 2015, por exemplo, houve queda de 1,27%.  A Serra é marcada por um histórico de invasões nas últimas décadas, em especial nas áreas que deveriam ser de preservação ambiental. Dos 144 bairros, 29 deles possuem áreas de risco de alagamento ou deslizamento, segundo a Prefeitura.

Outro desafio é a segurança. Apesar da redução de 14% em relação a 2015 no número de homicídios, a Serra continua segue sendo a cidade mais violenta do ES. Só em 2016 foram mais de 200 assassinatos, segundo a Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp).

Nas escolas e creches municipais, há 66.262 alunos.  E das 41 mil crianças entre zero e cinco anos moradoras da cidade, 18 mil estão matriculadas em creches. Segundo a Prefeitura, todas as crianças de 4 a 5 anos cujas famílias buscaram vagas conseguiram.

Na saúde, o município precisa arcar com 40 Unidades Básicas e duas Unidades de Pronto Atendimento (UPA) 24 horas, além de uma terceira UPA em construção e da obra do Hospital Materno Infantil. No saneamento há uma Parceria Público Privada (PPP) para coleta e tratamento de esgoto.

São 21 Estações de Tratamento de Esgoto e a previsão para que o serviço esteja em 100% das residências é para o ano de 2024. Hoje, rios, córregos e lagoas da cidades estão poluídos. Outro problema são os pontos viciados de lixo e entulho, são mais de 700 na cidade.

Já o abastecimento de água também é desafio. O rio Santa Maria já não está dando conta, a alternativa encontrada pela Cesan foi fazer o sistema de captação no rio Reis Magos. Este irá ampliar a produção de água em apenas 20% para cidade até dezembro.

Na economia e geração de empregos também há enormes desafios. A saída do centro de distribuição da Petrobrás este ano e a paralisação da Samarco, que suspendeu contratos de terceirizadas sediadas na Serra, foram grandes baques. Assim como a explosão da bolha imobiliária.

 

 

Ana Paula Bonelli

Moradora da Serra, Ana Paula Bonelli é repórter do Tempo Novo há 25 anos. Atualmente, a jornalista escreve para diversas editorias do portal.

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