A Serra já conta com pelo menos uma dezena de pré-candidatos a prefeito. Um número recorde. A contagem (em ordem aleatória) é essa: 1- Sérgio Vidigal (PDT); 2- o ainda misterioso escolhido para a sucessão de Audifax; 3 – Vandinho Leite (PSDB); 4 – Bruno Lamas (PSB); 5 – Gustavo Peixoto (Pros); 6 – Alexandre Xambinho, numa articulação com o PL; 7 – Luciana Malini (PP); 8 – Delegada Gracimeri Gaviorno (PSC); 9 – Delegado Márcio Alves (PRTB); 10 – Goleiro Mão (PSD); 11- Algum militante do PT, por falta de opção para coligação.
É claro que até o registro de chapa tem muita água para rolar, mas esse cenário é um sintoma de que haverá fartura de candidaturas. A quem isso interessa? De cara, dá para dizer que não interessa a Vidigal, já que ele tem o maior recall entre os possíveis candidatos, lidera pesquisas de intenção de voto e seu sonho de consumo é ganhar no primeiro turno devido aos seus elevados números de rejeição – o que, em um hipotético segundo turno, poderia ser fatal.
Se não interessa a Vidigal, logicamente interessa muito a Audifax. O prefeito estimula candidaturas e, eventualmente, até mesmo as ajuda. Ele quer muitos candidatos a prefeito, uma vez que ele é quem detém a poderosa máquina da Serra, tem acesso à militância e condições favoráveis para erguer seu candidato e transformá-lo em um produto competitivo.
Com muitos candidatos no páreo, a votação de todo mundo cai e o candidato de Audifax teria mais chances de ir para o segundo turno. Portanto, o pano de fundo da eleição segue sendo Vidigal x Audifax, com o primeiro trabalhando para suplantar os demais candidatos – especialmente Bruno Lamas – e o segundo se movimentando para colocar candidatos para dentro.
Enquanto os dois caciques vão brigando no tabuleiro, os outros atores dessa batalha pré-eleitoral correm em busca de viabilidade para vestirem a roupa da ‘3°via’ que há tanto se fala na Serra. Quem está bem mais adiantado nisso é Vandinho Leite, que tem o PSDB na mão, uma aliança com o comandante da Assembleia, Erick Musso, e, antes de tudo, tem voto.
A pré-eleição deve esquentar nas próximas semanas e o bastidor vai ficando escancarado. Personagens ocultos nessa trama, como o governador Renato Casagrande e o ex-governador Paulo Hartung, por exemplo, devem ir aparecendo com o passar do tempo, e a briga será oficializada em breve quando chegar o dia de registrar as chapas.