Dos 152 óbitos registrados em janeiro no ES, 65% estavam com esquema vacinal incompleto

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De acordo com Nésio, as mortes acontecem em número menor, mas podem ser evitadas com o esquema vacinal completo de 3 doses. Foto: Divulgação

A quarta onda da Covid-19 impulsionada pela variante Ômicron tem causado uma explosão de casos da doença em território capixaba. Durante coletiva de imprensa, na tarde da terça-feira (1), o secretário de Estado da Saúde (Sesa), Nésio Fernandes, falou dos dados da pandemia no primeiro mês de 2022 e alertou para o número de pessoas que faleceram devido estarem com esquema vacinal incompleto ou que por algum motivo, não se vacinaram contra a doença.

De acordo com Nésio, as mortes acontecem em número menor, mas podem ser evitadas com o esquema vacinal completo de 3 doses. “Dos 152 óbitos registrados em janeiro no ES, 65% estavam com esquema vacinal incompleto e 16% sem nenhuma dose. Deste número de mortes, 68,42% são de pessoas idosas”, revelou.

Nésio ponderou que os números representam que a chance de uma pessoa não vacinada evoluir a óbito levando em conta esse percentual é de 95 mil adultos não vacinado no ES. “Esse pequeno percentual de pessoas não vacinadas, representa uma magnitude de 56x maior as chances de óbito entre pessoas não vacinadas do que entre pessoas com esquema completo de vacinação. Representa 30x maior a chance de óbito em pessoas não vacinadas ou de pessoas que tenham recebido pelo menos uma única dose da vacinação”, explicou.

O secretário alertou ainda que é inegável o efeito na redução do risco de óbito e hospitalização das pessoas com esquema vacinal completo. “Por isso é importante que toda a população capixaba se mobilize pela vacinação da família”.

70% dos internados em hospitais públicos do ES são de não vacinados ou com esquema atrasado

Ainda de acordo com o Secretário de Estado de Saúde (Sesa), Nésio Fernandes, 70% dos pacientes internados em hospitais públicos do Estado, são de pessoas que não se vacinaram ou que estão com o esquema vacinal incompleto ou atrasado.

“Nós compreendemos e sempre afirmamos que a vacinação representa a principal medida de saúde pública capaz de mitigar os efeitos da Covid-19 principalmente em termos de internação e óbito. Os dados do ES acompanham os dados nacionais aonde as pessoas com esquema incompleto da vacina ou não vacinados ocupam a ampla maioria dos leitos de internação hospital do Estado do ES”, disse Nésio.

O titular da Sesa disse que o Estado tem uma margem muito grande de pessoas para receber a terceira dose, e uma margem importante de pessoas com a segunda dose atrasada. “Se alcançarmos e seguirmos avançando na cobertura de segunda e terceira doses podemos estar melhor preparados para alcançar uma taxa de hospitalização e de óbitos muito inferior àquela vivida nesta quarta onda da pandemia no ES”.

Nésio conclama a população a completar o esquema vacinal e alerta para o período do aparecimento das síndromes respiratórias agudas entre os meses de março e abril. “Na medida em que o Estado avançar até o final do mês de março com a cobertura vacinal de três doses somada a vacinação da população pediátrica e adolescente, podemos estar muito mais preparados no ponto de vista da proteção da imunidade da população a uma possível nova expansão da curva de casos que poderia acontecer no Estado, caso a curva das síndromes respiratórias agudas graves que ocorrem entre meses de março e abril novamente acontecerem em nosso estado”.

Segundo ele, as duas principais ondas da expansão da pandemia aconteceram no período das síndromes respiratórias graves no ES, e foram durante a primeira e a terceira onda da Covid-19. “Por isso todas a medidas que estimulem e que permitam que as pessoas vacinadas tenham maior acesso aos ambientes de entretenimento e de lazer, são medidas fundamentais para poder ultrapassar os 85% da população que aderiram voluntariamente o esquema completo de vacinação. Adotamos o passaporte da vacina na perspectiva de garantir que o ES consiga estimular a completude do esquema vacinal de toda sua população. Por isso, ele exige o esquema vacinal completo”.

Foto de Ana Paula Bonelli

Ana Paula Bonelli

Ana Paula Bonelli é repórter e chefe de redação do Jornal Tempo Novo, com 25 anos de atuação na equipe. Ao longo de sua trajetória, já contribuiu com diversas editorias do portal e hoje se destaca também à frente da coluna Divirta-se.

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