Por Fabrício Ribeiro
Ainda não deu o tempo para esquecer a lama da Samarco/Vale/BHP. E essa memória vai perdurar no Espírito Santo. A desmobilização da Samarco já deixa municípios do sul em situação crítica e também sua fornecedora de gás, a Petrobras.
Justo a Petrobras, a grande vedete da Operação Lava Jato. A estatal parece agonizar. E já ensaia um desmonte no Espírito Santo, que se orgulha de ser o segundo produtor petróleo e gás do país.
Para produzir sua celulose, a Fibria pega água no rio Doce. Com a lama, o processo industrial encarece e deixa a empresa menos competitiva.
Outro negócio capixaba é exportar o minério de Minas, principalmente da turma da Vale. O problema é que o preço internacional não anda lá essas coisas e os poderosos compradores chineses tiveram que dar uma grande pisada no freio.
A Serra, que viveu um boom imobiliário, já sofre com a retração do setor. E tem quem visualize, de curto prazo, o estouro da bolha imobiliária brasileira, mais ou menos como aconteceu nos Estados Unidos. Quem pegou dinheiro para comprar imóvel anda apertado para pagar, gerando um problema da liquidez associada ao crédito.
Agora é esperar por uma superseca ou uma superchuva para embolar a conjuntura ainda mais. Feliz 2016.
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