A Assembleia Legislativa (Ales) discutiu, nesta terça-feira (17) a retomada das atividades da mineradora Samarco, em Anchieta. Um encontro na Presidência da Casa reuniu o presidente da empresa, Roberto Carvalho, deputados estaduais, prefeitos e empresários do segmento da mineração. No Estado, a Samarco é responsável por três mil empregos diretos.
A Samarco é responsável por um desastre ambiental ocorrido no ano passado, com o vazamento de rejeitos das atividades de mineração, em Minas Gerais. O acidente provocou a morte do Rio Doce, que banha os estados de Minas Gerais e Espírito Santo.
Segundo informações do presidente da Samarco, Roberto Carvalho, passadas durante a reunião, a agenda de audiências públicas e trâmites junto aos órgãos ambientais, a retomada das atividades da empresa pode acontecer apenas em janeiro de 2017. Segundo ele, são 14 meses sem nenhum tipo de faturamento. Ele informou que a maior dificuldade para a empresa voltar a funcionar é a liberação das licenças ambientais, suspensas pelos órgãos ambientais de Minas Gerais.
Já o prefeito de Anchieta, presente na reunião, informou que o fechamento tem gerado prejuízo ao comércio da cidade e que a queda gerou prejuízo de R$ 2,6 milhões só no ISS.
Ainda durante a reunião o presidente entregou um relatório com todas as atividades desenvolvidas pela empresa para minimizar o impacto causado pelo acidente, desde sua ocorrência em novembro passado, quando a barragem da empresa no município de Mariana, em Minas Gerais, rompeu contaminando o Rio Doce com rejeitos de minério.