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Deputados capixabas descartam retaliação do Governo federal após votação desta quarta

Vidigal diz que o Estado já não tem recebido investimentos consideráveis do Governo federal. Foto: Divulgação

Se dependesse da bancada capixaba, a denúncia contra o presidente da República, Michel Temer (PMDB), teria sido acatada durante a votação ocorrida nesta quarta-feira (2), na histórica sessão da Câmara dos Deputados, que decidiria o futuro da acusação assinada pela Procuradoria da República.  

Na sessão, a Câmara aprovou o relatório assinado pelo deputado Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG), que pedia o arquivamento da denúncia.

Oito dos dez parlamentares capixabas votaram contra Temer e defendiam o prosseguimento do processo. Com este placar, o Espírito Santo, já castigado pelo entrave de alguns investimentos federais, pode ficar ainda mais prejudicado com as baixas nos repasses de recursos, em uma espécie de retaliação.

No entanto, parlamentares ouvidos pela reportagem justificam seus votos. É o caso de Lelo Coimbra (PMDB), que juntamente com Marcus Vicente (PP) votou favorável a Temer. Ele explicou que sua postura se deu em função do que vivencia no momento.
“Em primeiro lugar as emendas parlamentares são obrigatórias, em função do orçamento impositivo, tanto que oposição e situação receberam suas emendas. Sob o ponto de vista dos projetos globais, todos nós estamos bastante envolvidos e o presidente não tem restrições sob este aspecto. Vamos estar junto com o governo do Estado e a bancada no Congresso trabalhando nossos interesses sem nenhum prejuízo. Eu tenho certeza de que não seremos prejudicados com esse resultado”, disse.
Sérgio Vidigal (PDT) votou contra o relatório que pedia o arquivamento da denúncia, juntamente com outros sete deputados: Carlos Manato (SD), Evair de Melo (PV), Givaldo Vieira (PT), Jorge Silva (PHS), Helder Salomão (PT), Norma Ayub (DEM) e Paulo Foletto (PSB).
O deputado Lelo Coimbra. Foto: Arquivo TN

Vidigal questiona: “o que o Espírito Santo tem recebido do Governo federal? A única coisa temos, que já foi empenhado antes, foi o aeroporto de Vitória. Entendo também que o Governo vai precisar da Câmara para outros projetos importantes, como as reformas. Não vejo neste momento capacidade do Governo federal para fazer grandes investimentos. Se a gente for na ideia que tem que apoiar uma coisa errada para ter um benefício temos que soltar Fernandinho Beira Mar, pois a comunidade adorava ele, cuidava de todo mundo, ajudava mulheres e crianças. Agora só tem um detalhe, era traficante”, disparou. 

Ele acrescentou que o voto dos deputados se baseia em uma lei que precisa ser aplicada. “Não foi de retaliação ao presidente e nem foi condicionado nada para o Estado. As emendas que liberou para o Espírito Santo são impositivas. Obras como o Contorno do Mestre Álvaro tem como principal problema a falta de orçamento. Aprovaram a PEC que limitou os investimentos do Governo por 20 anos, então é um engessamento. Pode ser que tenha chamado alguns governadores e oferecido algum tipo de investimento para intervir junto aos deputados. Não é o caso do nosso, que eu saiba.
Diria inclusive que quem pagou a absolvição de Temer foi o cidadão, ia usar uma frase, mas não usei em respeito a amigos deputados, ‘o aumento dos impostos ao cidadão fez o Temer comprar a absolvição’. Não temos nada, então não vai ficar pior”, finalizou o pedetista.
Mari Nascimento

Mari Nascimento é repórter do Tempo Novo há 18 anos. Atualmente, a jornalista escreve para diversas editorias do portal, principalmente para a de Política.

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