Doença considerada o “mal do século”, a depressão já acomete 1% a 2% das crianças brasileiras entre 5 e 8 anos, e a incidência em adolescentes varia de 14% a 25%. Os dados são do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). O estudo alerta que a atenção dos pais e da escola é fundamental para o diagnóstico.
Para falar sobre o tema, a Comissão de Saúde recebeu, na manhã desta terça-feira (12), o presidente da Associação Psiquiátrica do Espírito Santo (Apes), médico Antônio José Nunes de Faria.
Segundo o psiquiatra, pode parecer que a depressão não existe na população com menos de 12 anos, pois alterações hormonais características da idade podem confundir o diagnóstico.
“Os sintomas são geralmente os mesmos dos apresentados pelos adultos acometidos com a doença, com o agravante do uso excessivo de jogos eletrônicos, do celular e da internet, prática muito comum em crianças e adolescentes”, afirmou.
O médico também destacou a importância da família e da escola no processo de reconhecimento de sintomas como irritabilidade e cansaço sem motivo, sono alterado, baixo rendimento escolar, concentração diminuída e isolamento social.
“O diagnóstico começa com entrevistas com a família e ou pessoas que convivem diretamente com a criança. As sessões com a criança só começam a partir desse contato com os envolvidos e o diagnóstico definitivo pode levar até 6 meses para ser confirmado ou descartado”.
Uma vez confirmado, o transtorno do humor, como também é conhecida a doença, precisa ser tratada, pois gera comprometimento funcional e social, podendo chegar a impulsos suicidas, alerta o médico.
“Uma equipe multiprofissional deve avaliar a melhor abordagem para o tratamento, que varia entre 6 meses a 3 anos, com acompanhamento conforme a gravidade dos sintomas e a evolução da resposta às terapias”, destacou Faria.
Assistência pública
Sobre o acesso da população a atendimentos na rede pública para diagnóstico e tratamento da doença, o psiquiatra destacou que apenas o Centro Regional de Especialidades Juliano Almeida do Vale (CRE Metropolitano), em Jardim América, Cariacica, atende a esses casos e não suporta a demanda.
Como alternativa, o psiquiatra defendeu a qualificação de médicos de outras especialidades: “É preciso que a rede pública qualifique médicos generalistas para que possam fazer esse atendimento e tratamento da depressão infantil”, afirmou o médico.
O psiquiatra também informou que o Estado conta com curso de especialização em psiquiatria no Estado oferecido pela Universidade de Vila Velha (UVV) e aberto a médicos de todas as áreas. Também há proposta para oferta curso de residência médica na área para 2020, em fase de avaliação no Ministério de Educação (MEC).
Para o deputado Dr. Emílio Mameri (PSDB), que solicitou a presença do médico na comissão, é preciso “trabalhar no sentido de popularizar a psiquiatria, de forma a estender o acesso a todas as classes sociais”.
Comissão
Além do deputado Dr. Emílio Mameri (PSDB), a reunião contou com a presença dos deputados Dr Hércules (MDB), presidente do colegiado, e Hudson Leal ( Republicanos).
Após citar um slogan de campanha, seguido de um número, supostamente de candidatura, o vereador Rodrigo Caçulo (PRB) se viu…
A terceira equipe do Corpo de Bombeiros Militar do Espírito Santo (CBMES) será enviada, nesta quinta-feira (16), às 18h, para…
No próximo dia 31 de maio vai ter show de stand-up "Rá, Rá, Rá!" na Casa da Música Sônia Cabral,…
A telefonia no Brasil frequentemente figura entre os serviços mais mal avaliados pelos consumidores, especialmente no que diz respeito à…
Quem sente saudades dos tempos áureos do extinto Saloon, que funcionava no Parque de Exposições em Carapina, na Serra, tem…
Na próxima semana, o Parque da Cidade recebe mais um festival de cerveja artesanal. O Serra Beer Festival será realizado…