Saúde

Covid | Circulação de variantes entre as pessoas possibilita o aparecimento de novas cepas

Uma variante é resultado dessas modificações genéticas que o vírus sofre durante seu processo de replicação.. Foto: Ana Paula Bonelli | Arquivo Jornal Tempo Novo

Das variantes do coronavírus presentes ao redor do mundo, quatro demonstram maior expressão: alfa (inglesa), beta (sul-americana), gamma (brasileira) e delta (indiana).

“Todas são potencialmente graves, mas nenhum estudo comprovou maior letalidade por algumas das variantes. A variante inglesa, no entanto, parece provocar doença em formas mais graves”, analisa a infectologista de Unimed Vitória Ana Carolina D’Ettorres.

A médica explica que existem diferenças estruturais, provocadas por mutações, nas proteínas que compõem o vírus, principalmente na proteína spike, que é responsável pela invasão do vírus na célula. Uma variante é resultado dessas modificações genéticas que o vírus sofre durante seu processo de replicação.

Um único vírus pode ter inúmeras variantes. Quanto mais o vírus circula (transmitido de uma pessoa para outra) mais faz replicações, o que torna maior a probabilidade de ocorrência de modificações no seu material genético. “Todas as variantes têm a mesma forma de transmissão que o vírus original, portanto as precauções e orientações seguem as mesmas para todas elas”, aponta a infectologista.

As vacinas disponíveis no Brasil têm efetividade contra as variantes que circulam no país. Vale reforçar que é imprescindível que as pessoas recebam as duas doses da vacina contra a Covid-19 para que a proteção seja efetiva. Os imunizantes funcionam também contra a variante delta, popularmente conhecida como variante indiana. Identificada pela primeira vez na Índia, essa variante tem se tornado dominante em todo o mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

“A variante indiana parece ter uma taxa de transmissibilidade maior que as demais e isso acelera a velocidade de propagação da doença. O fato preocupa bastante no cenário de baixa cobertura vacinal que temos no Brasil”, alerta Ana Carolina.

Nomenclatura

A OMS anunciou no final de maio que usaria letras do alfabeto grego para nomear as variantes da Covid-19 diagnosticadas ao redor do mundo. Com a alteração, a cepa identificada pela primeira vez em Manaus, a P.1, passou a se chamar gamma, por exemplo.

A mudança de nomes para letras do alfabeto grego foi recomendada por um grupo de especialistas convocados pela organização. De acordo a OMS, a nomenclatura será mais fácil e prática de ser discutida por públicos não científicos e evitará termos que podem ser “estigmatizantes” ao associar um país ou região à doença.

Redação Jornal Tempo Novo

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