Especial: pandemia de coronavírus

Covid-19: Estado mantém Serra em risco moderado e com restrições para bares e restaurantes

Bares da cidade têm ficado lotados nos fins de semana. Foto: Divulgação

A pandemia causada pelo coronavírus voltou a crescer em todo o Brasil, inclusive no Espírito Santo. E na Serra, não é diferente: a cidade vem registrando altos números diários de moradores infectados pela doença. Por conta disso, o Governo do Estado decidiu manter a cidade classificada como risco moderado para a transmissão da doença. Na prática, o comércio em geral fica livre de restrições, mas bares e restaurantes terão que continuar com o horário de funcionamento reduzido.

A decisão foi tomada pelo Governo do Estado no último fim de semana, quando a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) realizou mudanças significativas no Mapa de Risco e 48 municípios capixabas foram classificados como risco moderado. A Serra está nessa classificação há três semanas e voltou para essa posição após 12 semanas em risco baixo.

Por esse motivo, além dos bares e restaurantes – que podem funcionar até as 22 horas de segunda a sábado e até as 16 horas no domingo – eventos corporativos também sofrem restrições na cidade. Também há limitação para no máximo 300 pessoas nesses locais. Vale destacar que escolas podem funcionar normalmente, mas cumprindo as determinações impostas pela Saúde. Na Serra, apenas unidades escolares estaduais e particulares estão funcionando. As municipais só voltam em 2021.

Na cidade, já são 27.089 moradores que foram infectados pelo coronavírus, 612 mortos e 25.877 considerados curados da doença. Também existem outros 33.504 pacientes com suspeita. No momento, eles aguardam os resultados dos exames já realizados. A Serra é a segunda cidade com mais óbitos por Covid-19 no Espírito Santo. Além disso, também é o segundo município com mais contaminados.

Além da Serra, todas as demais cidades da Grande Vitória também estão classificadas como risco moderado. No Estado, apenas o município de Mantenópolis está em risco alto.

O que é o Mapa de Risco?

Crédito: Divulgação | Governo do Estado

A Matriz de Risco de Convivência considera no eixo de ameaça: o coeficiente de casos ativos por município dos últimos 28 dias, além da quantidade de testes realizados por grupo de mil habitantes e a média móvel de óbitos dos últimos 14 dias. Já o eixo de vulnerabilidade considera a taxa de ocupação de leitos potenciais de UTI exclusivos para tratamento da Covid-19, isto é, a disponibilidade máxima de leitos para tratamento da doença. A estratégia de mapeamento de risco teve início no dia 20 de abril.

O Mapa de Risco segue as orientações dos boletins epidemiológicos do Ministério da Saúde e recomendações da equipe de especialistas do Centro de Comando e Controle (CCC) Covid-19 no Espírito Santo, que é composto pelo Corpo de Bombeiros Militar, Defesa Civil, Secretaria da Saúde (Sesa), Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN), da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) e do Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes). As decisões adotadas pelo Governo do Estado seguem parâmetros técnicos.

Confira a classificação de todos os municípios capixabas:

RISCO ALTO: Anchieta, Domingos Martins, Ecoporanga, Ibiraçu, Mantenópolis e Marilândia.

RISCO MODERADO: Afonso Cláudio, Água Doce do Norte, Águia Branca, Alegre, Alfredo Chaves, Alto Rio Novo, Aracruz, Atílio Vivácqua, Baixo Guandu, Barra de São Francisco, Bom Jesus do Norte, Cachoeiro de Itapemirim, Cariacica, Castelo, Colatina, Conceição da Barra, Divino de São Lourenço, Dores do Rio Preto, Governador Lindenberg, Guaçuí, Guarapari, Ibatiba, Ibitirama, Iconha, Irupi, Itaguaçu, Itarana, Iúna, Linhares, Mimoso do Sul, Mucurici, Muniz Freire, Muqui, Nova Venécia, Pancas, Piúma, Rio Bananal, Santa Teresa, São Domingos do Norte, São Mateus, São Roque do Canaã, Serra, Vargem Alta, Venda Nova do Imigrante, Viana, Vila Valério, Vila Velha e Vitória.

RISCO BAIXO: Apiacá, Boa Esperança, Brejetuba, Conceição do Castelo, Fundão, Itapemirim, Jaguaré, Jerônimo Monteiro, João Neiva, Laranja da Terra, Marataízes, Marechal Floriano, Montanha, Pedro Canário, Pinheiros, Ponto Belo, Presidente Kennedy, Rio Novo do Sul, Santa Leopoldina, Santa Maria de Jetibá, São Gabriel da Palha, São José do Calçado, Sooretama e Vila Pavão.

Gabriel Almeida

Jornalista do Tempo Novo há mais de oito anos, Gabriel Almeida escreve para diversas editorias do jornal. Além disso, assina duas importantes colunas: o Serra Empregos, destinado a divulgação de oportunidades; e o Pronto, Flagrei, que mostra o cotidiano da Serra através das lentes do morador.

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