Confira o editorial do Tempo Novo | Tensão pré-eleitoral fervente

Por Yuri Scardini

Após o Carnaval, as negociações políticas devem se intensificar. O próximo funil eleitoral está marcado para o dia 4 de abril, quando as pessoas que quiserem se candidatar deverão estar definitivamente filiadas a algum partido. Por isso, está um vai-e-vem de gente assinando lista de pré-candidatos. Brinca-se no meio político que alguns pretensos candidatos devem ter clones espalhados, já que seus nomes figuram em várias listas partidárias.

Os mais apertados são alguns dos atuais vereadores. Muitos deles não fizeram o dever de casa no trato com o partido e foram despejados. Para conseguir montar chapa, a maioria dos partidos fechou as portas para mandatários e, com isso, parlamentares estão no olho da amargura. A solução vislumbrada por analistas locais é de que os vereadores excluídos (estima-se de 8-12) devem se filiar a um único partido e ir para a carnificina, no estilo ‘cada um por si e Deus por todos’.

Como era de se esperar, as lideranças que detêm influência no maior número de siglas são exatamente os principais players eleitorais: o prefeito Audifax Barcelos, além da Rede, tem o Podemos, o Patriota e o PMN. O PDT, de Sérgio Vidigal, tem conversas avançadas com o Solidariedade, o Cidadania e, talvez, o PSD. Já o PSB – que vai lançar oficialmente Bruno Lamas como pré-candidato a prefeito neste sábado (15) – tem o DEM, o PTB, o PV, além de conversas próximas com o PT e o PP – este último tem a pré-candidata Luciana Malini, da qual o partido diz que não abre mão.

O PSDB, do deputado Vandinho Leite, vem trabalhando para criar uma unidade entre partidos que circundam a oposição do governador Renato Casagrande (PSB) e próximos do presidente da Assembleia Legislativa, Erick Musso. São eles o Republicanos, o PSL, o PL – que fez convite para o deputado estadual Alexandre Xambinho ser candidato pela sigla) – e, talvez, o Pros – que também tem o médico Gustavo Peixoto como pré-candidato.

Articulando uma frente partidária que pode tomar qualquer rumo possível está o MDB, sob a liderança do vereador Luiz Carlos Moreira e do habilidoso articulador político, Aloísio Santana. São eles: MDB (já citado), Avante e PTC. Alguns outros partidos tentam se movimentar no tabuleiro, a exemplo do PSC, do vereador Ailton Rodrigues, o qual ainda não deu pistas sobre o que deve fazer; e do PRTB, que anunciou que vai lançar um candidato a prefeito de direta.