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Cirurgia bariátrica pode reduzir em 40% o risco de câncer no sangue, afirma estudo

A cirurgia bariátrica, procedimento indicado para tratar casos de obesidade grave, pode reduzir em até 40% o risco de câncer hematológico (sanguíneo). É o que revela uma pesquisa realizada na Universidade de Gotemburgo, na Suécia.

Neste estudo, os pesquisadores examinaram 2.007 pessoas submetidas à cirurgia bariátrica e as compararam a um grupo de controle de 2.040 indivíduos igualmente obesos que não passaram pelo procedimento.

Durante o período de acompanhamento, 34 pacientes no grupo de cirurgia desenvolveram câncer hematológico, além de uma significativa perda de peso. No grupo dos que não fizeram cirurgia, foram registrados 51 casos de câncer hematológico, mantendo-se no nível de obesidade grave.

“Serão necessários mais estudos complementares para reforçar essa ligação entre a bariátrica e o risco reduzido de câncer sanguíneo, mas essa cirurgia, além de proporcionar a perda de peso, ajuda a reduzir as taxas de glicose no sangue, um importante fator de risco para esse tipo de neoplasia”, explicou o cirurgião do aparelho digestivo Gibran Sassine.

As neoplasias hematológicas câncer mais detectadas no estudo sueco foram linfoma, mieloma e leucemia.

“As melhorias metabólicas que ocorrem após a cirurgia bariátrica e a redução da inflamação do corpo, ocasionada pelo excesso de gordura, são benefícios que também ajudam a diminuir o risco de câncer hematológico”, esclareceu o médico.

Diversos estudos anteriores já associavam a obesidade ao risco aumentado de, pelo menos, 12 tipos de neoplasias malignas, incluindo mama, estômago, colorretal, entre outros.

“A obesidade precisa ser combatida o quanto antes e existem diferentes opções de tratamentos, mas a cirurgia bariátrica desponta como uma solução viável e necessária quando as terapias anteriores não apresentaram o resultado esperado, ou quando a obesidade está em níveis mais graves. Nesses casos, o risco da pessoa obesa desenvolver doenças é bem alto”, destacou Gibran Sassine.

O cirurgião ressaltou, ainda, que a cirurgia bariátrica passou por importantes transformações. “Hoje, esse procedimento pode ser realizado de forma bem menos invasiva, com incisões melhores, visualizadas com mais precisão e, inclusive, com o auxílio da medicina robótica. E isso reflete em uma recuperação mais rápida e mais qualidade de vida para o paciente”, concluiu Gibran Sassine.

Redação Jornal Tempo Novo

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