Categories: Mestre Álvaro

Catapulta para o Anchieta

Eci Scardini 

A história política recente do Espírito Santo mostra que não é necessário ter sido prefeito em uma cidade para chegar ao cargo de governador. Gerson Camata foi o primeiro governador depois da redemocratização do país, chegando ao cargo em 1983 sem ter administrado qualquer cidade. Ele se notabilizou pelo seu jeito conciliador, despojado e por ter sido um deputado federal que viabilizava recursos para cidades do estado.

Em 1986, Max Mauro foi eleito governador graças à sua postura firme e austera na defesa da democracia, dos direitos fundamentais e no combate à corrupção. Foi deputado estadual três vezes e federal uma e sempre com o mesmo estilo combativo. Quando chegou ao Palácio Anchieta, em 1987, poucas pessoas lembravam que ele havia sido prefeito em Vila Velha, de 1970 a 1974.

Na sequência, veio Albuíno Azeredo, sem nenhum histórico político, mas foi ungido por Max. Ganhou a eleição de governador com a fama de bom secretário de Planejamento do Estado. Isso em 1990.

Em 1994, Vitor Buaiz foi eleito governador pelo PT. Esse sim havia sido prefeito da capital capixaba e era deputado federal. Mas não ganhou por isso não, e sim graças a uma união de forças para impedir que Cabo Camata ganhasse a eleição.

Chega-se a José Ignácio Ferreira, em 1998. Brilhante orador, nunca administrou uma cidade sequer, mas ganhou a eleição de governador. Notabilizou-se como um atuante senador da República, em Brasília.

Paulo Hartung se elege governador do Estado pela primeira vez em 2002. Este construiu uma carreira política que incluiu a passagem pela Prefeitura de Vitória.

E, por fim, chega-se a Renato Casagrande, que está em sua segunda passagem pelo Palácio Anchieta sem ter sido prefeito em nenhuma cidade. As principais características de Casagrande são a determinação, o arrojo, o poder de articulação e aglutinação de forças em seu entorno.

Portanto, para se chegar ao posto de governador do Estado, necessariamente, não precisa passar por uma prefeitura, muito menos a de Serra. Pelo contrário.Quem conseguiu ir mais longe na política serrana foi João Baptista da Motta, como senador, uma vez que era suplente de Paulo Hartung. O outro foi Givaldo Vieira, porque estava no partido certo (PT) naquele momento e foi o escolhido para ser o vice de Casagrande, em 2010.

Redação Jornal Tempo Novo

O Tempo Novo é da Serra. Fundado em 1983 é um dos veículos de comunicação mais antigos em operação no ES. Independente, gratuito, com acesso ilimitado e ultra regionalizado na maior cidade do Estado.

Últimas postagens

Aristóbulo Barbosa Leão: ano letivo de 2025 será em sede oficial

A sede da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio (EEEMF) Aristóbulo Barbosa Leão que está passando por obras há…

10 horas atrás

Mulher morre após sobrinho jogar cloro no ouvido dela na Serra

Uma mulher de 62 anos foi morta pelo próprio sobrinho durante uma briga dentro de uma casa no bairro André…

13 horas atrás

Homem pula muro e mata mulher a facadas na Serra

O homem, identificado como Ademir Fontana de Oliveira, de 51 anos, foi preso em flagrante pelo assassinato de Yasmin Narciso…

18 horas atrás

Contorno de Jacaraípe tem entrega adiada para final de 2025

O Governo do Estado revelou ao Tempo Novo que as obras de construção da ES-115, nomeada Contorno de Jacaraípe, na…

1 dia atrás

Serra conta com 22 pontos próprios para banho

O primeiro final de semana de maio começa com a promessa de sol, e como a combinação perfeita para esse…

2 dias atrás

Granada é detonada em frente ao Hospital Materno na Serra

A perseguição policial que assustou pacientes do Hospital Municipal Materno Infantil da Serra na tarde desta sexta-feira (4) acabou com…

2 dias atrás