Caso Odebrecht: citado como ‘italiano’, Audifax é acusado de receber R$ 100 mil para campanha de 2012

Com o nome apontado em uma das planilhas do delator e ex-presidente da Odebrecht Infraestrutura, Benedicto Júnior, nas investigações da Operação Lava Jato, o prefeito da Serra, Audifax Barcelos (Rede) diz que vai aguardar a homologação por parte do ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo, antes de entrar na Justiça para solicitar uma acareação com o empresário.

Segundo a assessoria do prefeito, o advogado Felipe Osório, que cuidará do caso, informou que a delação ainda não foi homologada. “Assim que for homologada pelo ministro Edson Fachin serão anunciados os procedimentos e solicitada a acareação”.

A acareação é um termo jurídico que prevê a confrontação de duas ou mais testemunhas, entre si ou com as partes (‘litigantes’), cujos depoimentos anteriores não foram suficientemente esclarecedores. Na prática o prefeito da Serra quer sentar frente a frente com o delator para confrontar a versão apresentada por ele durante a delação premiada.

O nome do prefeito da Serra apareceu em uma lista, sob o codinome “italiano”, fornecida pelo ex-presidente da Odebrecht Infraestrutura, Benedicto Junior. Ele, juntamente com outros políticos capixabas, teriam sidos supostamente beneficiados com recursos de caixa dois. No caso do prefeito, o montante chegaria ao valor de R$ 100 mil, referente a campanha eleitoral de 2012, quando disputou a prefeitura da Serra pela segunda vez.

Na sexta-feira (14), Barcelos usou as redes sociais para se defender e, no sábado (15), anunciou por meio de sua assessoria que iria acionar a Justiça para solicitar uma acareação com Benedicto. Mas confirmou o recebimento do valor, por meio da verba partidária oficial, reforçando não se tratar de caixa dois.