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Casagrande e dilapidação do patrimônio

Enquanto o Brasil concentra para acompanhar e militar online e off-line na eleição presidencial, o meio político capixaba divide o olhar, com atenção a esse contexto e a transição entre o governador eleito Renato Casagrande (PSB) e o atual, Paulo Hartung (MDB). Mesmo com equipes de transição em campo, muitos conflitos e discordâncias têm sido registrados.

Entre eles estão às movimentações financeiras do Governo, especialmente após o resultado do 1º turno da eleição. A equipe de Casagrande acusa o governador de gastança desenfreada nessa reta final de mandato. Segundo eles, movimentações anormais têm sido registradas, o que poderia colocar em xeque a liquidez financeira do próximo Governo.

O principal foco de debate são os convênios assinados com as Prefeituras para a realização de obras. Teriam sidos adicionados ao Orçamento cerca de R$ 320 milhões para este fim, quando a previsão inicial era de R$ 48 milhões. Somente na semana passada o governador assinou 13 convênios com 6 prefeituras, que totalizam mais de RS 30 milhões a serem pagos em cota única, a Serra foi uma das cidades contempladas, com R$ 13 milhões.

Segundo levantamento da equipe de Casagrande, desses R$ 320 milhões, teria sido empenhado R$ 125 milhões, dos quais foram quitados apenas R$ 23 milhões. A equipe de Casagrande teme que essa política de Hartung engesse a máquina pública, no que Casagrande chama de “dilapidação do patrimônio” estadual.

Já porta-vozes de Hartung, afirmam que as contas públicas estão equilibradas e devem entregar o governo estadual mais saudável fiscalmente falando do Brasil, com R$ 300 milhões em caixa. Governo esse que recentemente foi exaltado pela jornalista Miriam Leitão da Rede Globo.

Outro desafio de Casagrande é o orçamento de 2019 que já está na Assembleia Legislativa. Numa jogada junto ao presidente Erick Musso (PRP), Casagrande conseguiu adiar a votação da peça orçamentária, e deverá sugerir mudanças. Entre os pontos que suscita atenção, segundo aliados do governador eleito, está a receita perdida por meio de exonerações fiscais, onde há a previsão de conceder benefícios fiscais a setores da economia capixaba, que podem redundar em perdas de arrecadação.

E isso tudo porque Casagrande nem sequer assumiu o mandato. O Brasil deve passar por tempos a difíceis pela frente, independente de quem for eleito presidente. O governador eleito ainda terá que ter muito fôlego.

 

Redação Jornal Tempo Novo

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