Candidatos da Serra dão bolo e não ouvem as propostas dos empresários

Conceição Nascimento

Na última quinta-feira (25) a Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), apresentou aos candidatos a prefeito das cidades da Grande Vitória, um documento que reúne propostas para a melhoria da gestão municipal, visando dinamizar a economia. Participaram do encontro 11 candidatos a prefeito, mas nenhum representante da Serra, cidade que reúne o maior número de indústrias no Espírito Santo.

Segundo o presidente da Findes, Marcos Guerra, a iniciativa aponta caminhos que poderão tornar nossas cidades melhores para morar, investir, trabalhar e visitar. “É preciso entender que não há mais espaço para amadorismo, populismo, apadrinhamento político e assistencialismo na gestão pública. O bom prefeito deve dizer não para gastos desnecessários, cortar custos com firmeza, estimular o desenvolvimento sustentável e as PPP’s; deve ter uma visão holística da cidade e da região, pensando em soluções perenes”, complementou o presidente.

Mas ainda dá tempo para os candidatos ouvirem os industriais. Segundo o vice-presidente institucional da Findes na Serra, José Carlos Zanotelli, nos próximos 15 dias, a regional serrana da Findes convocará os candidatos a prefeito para apresentar propostas do segmento para a cidade. Acrescentou que aguarda a recuperação médica do prefeito Audifax Barcelos (Rede), para confirmar a agenda.

Para a Serra
Zanotelli diz que na Serra falta segurança jurídica. “Quando temos conhecimento antecipado das regras, sabemos os riscos de cada iniciativa e investimento”, argumentou.

“O município está caminhando bem como smart city (cidade inteligente e sustentável). Hoje apresenta em algumas atividades empresariais, licenciamento online, mas esse licenciamento poderia ter sua duração ampliada. Atualmente é feito para três anos, renováveis a cada ano. Também existe a necessidade de desburocratização; oferecer serviços online para o investidor; proposta de ampliar as Parcerias Público Privadas para oferta de serviços, onde o Estado seria agente fiscalizador e regulador”, afirmou.