Câmara de Laranja da Terra se torna referência em economia e modernidade
Enquanto câmaras municipais em todo o Estado estão na mira da sociedade em função dos gastos excessivos com diárias para vereadores, a de Laranja da Terra registrou nos anos de 2017 e 2018 custo zero. Uma determinação do ex-presidente da Casa, vereador Gilson Gomes Filho (sem partido), proibiu o beneficio aos parlamentares na cidade.
“O valor é definido pelos próprios órgãos e muitas vezes há abusos e transtornos. Este recurso é oferecido para assessores, servidores, agentes públicos e outros. Tem uma determinação nossa proibindo pagamento de diárias, acatada por todos”, disse o vereador Gilson Gomes Filho.
Ao contrário da Câmara de Laranja da Terra, que não registrou nenhum gasto com diária entre os anos de 2017 e 2018, a Câmara de Jaguaré ficou em primeiro lugar no ranking. Ela vem seguida pela de Linhares e a de Itapemirim.
Outro tema que mereceu destaque na mídia durante a gestão do ex-presidente Gilson Gomes Filho foi a redução nos custos com pessoal. Quando ele assumiu a Presidência, em 2017, a Casa utilizava 69.9% do duodécimo para o pagamento dos servidores. Esse percentual é um alerta para gestores, pois a Constituição da República considera que é crime de responsabilidade o Presidente do Legislativo atingir 70% com gasto de pessoal.
“A Câmara de Laranja da Terra revolucionou a partir de 2017. Quando assumi, havia comprometimento da folha, cada vereador devolvia R$ 500 para contribuir com a folha de pagamento inchada. Otimizamos os gastos da Câmara e fechamos com folga os anos. Em uma cidade como Laranja da Terra, com população que precisa dos serviços públicos, o poder público reduzindo as despesas internas, consegue reverter para a sociedade. Em dois anos de gestão, foram mais R$ 350 mil devolvidos para a Prefeitura da cidade, para benefício da sociedade. Não fiz milagre, foi um trabalho de equipe, da Mesa, dos Vereadores e servidores”, explicou o vereador.
O parlamentar também agradeceu aos colegas e à equipe de trabalho da Casa. “Agradeço pelo empenho de servidores e vereadores. Sozinho não é possível fazer nada, são ações conjuntas, fizemos uma gestão democrática e participativa. Isso não me deu fama, mas credibilidade. Estou sendo chamado por vereadores para orientação sobre gestão e para apresentar projetos de lei de minha iniciativa, o que me tem honrado muito”, acrescentou Gilson Gomes.
Questionado pela reportagem sobre como uma câmara pequena pode dar exemplos para o ES e para o Brasil, Gilson Gomes explicou. “Fizemos muitas coisas nestes dois anos, a Câmara é moderna, equipada, e possui hoje a primeira biblioteca da cidade. Soubemos ser carinhosos com a coisa pública. Oferecemos por dois anos seguidos o maior abono do Estado, de R$ 2,500; tíquete-alimentação, uma demanda dos servidores há 28 anos. Também criamos o programa de estágio na Câmara e não interrompemos as atividades durante os jogos da Copa, além de proibir o pagamento de 13º salário e férias para Vereadores”, finalizou.
5 anos atrás
Mari Nascimento
Mari Nascimento é repórter do Tempo Novo há 18 anos. Atualmente, a jornalista escreve para diversas editorias do portal, principalmente para a de Política.