A noite da última quinta-feira (11) certamente será imortalizada como uma das maiores, se não a maior, homenagem a história da emblemática revolta de escravos do Espírito Santo, que aconteceu na Serra. O filme ‘Queimado – A luta pela Liberdade’ narra e documenta a Insurreição do Queimado ocorrida em 19 de março de 1849 neste município e em 2021 completou 172 anos.
Mais do que isso, o filme foi gravado no palco real da revolta, que são as ruínas restauradas da Igreja de São José do Queimado. Durante os 30 minutos de narrativa, o diretor fez o trajeto de fuga real dos escravos pela floresta que circunda o templo e ainda mostrou a famosa Lagoa Saraponga – que representou a lagoa das Almas – onde os corpos dos escravos foram descartados.
Um trabalho profissional realizado por serranos, que tiveram como diretor Rogério de Moraes Martins, e que ficou emocionante e espetacular. Aqueles que conhecem e acompanham a história desta cidade podem até tentar, mas é impossível não deixar as lágrimas escaparem dos olhos.
O documentário também eterniza e, de certa forma homenageia, grandes nomes da cultura da Serra, como o historiador Clerio Borges, o pesquisador Irineu Cruzeiro, o professor André Malverdes e o poeta Teodorico Boa Morte. Todos esses contribuem de forma positiva e histórica para a cultura do município e foram eternizados por meio de suas atuações no filme.
O filme também valorizou a arte do artista plástico da Serra, já falecido, Valter Assis, que se destacou ao longo de suas trajetória com seus quadros que representam a Serra antiga.
Do elenco também participaram o ator Marcus Konká, que fez o papel de Eliziário Rangel, um dos líderes da revolta, que atuou brilhantemente. Marcus é conhecido nas telinhas da televisão por já ter gravado diversas novelas da Globo. Também fazem parte desta ode à cultura da Serra, Bené Freire, Verônica Gomes, Elisa Rosa, Sandra Gomes, entre outros.
Os trabalhos para efetivação do filme começaram em janeiro e contaram com ajuda e participação de muita gente. Foram 40 pessoas no elenco e 20 na produção, mais 4 assistentes de câmera e 2 operadores de drone. Como mesmo diz, o diretor deste esplendoroso filme “não foi fácil, mas valeu a pena”.
O Tempo Novo faz a cobertura sobre a história do Queimado desde que foi fundado na virada dos anos 1983 para 1984 e sempre cobrou responsabilidade do poder público para com o patrimônio histórico.
Esperamos que este documentário alcance pessoas em todo o mundo, mas principalmente os moradores de nossa cidade, que ainda não conheciam esta história. Ainda mais, queremos vê-lo sendo exibido em festivais de cinema e, mais do que isso, dentro das escolas do nosso Espírito Santo.
Escolas estas, onde muitas vezes, a própria história do município não é trabalhada junto aos estudantes. É necessário que a Secretaria Municipal de Educação (Sedu), atue fortemente no incentivo a valorização da cultura e história serrana dentro das salas de aulas. Nossos jovens estudantes merecem conhecer o seu passado para que, no futuro, não sejam cometidos os mesmos erros.
Queimado é um símbolo da resistência negra e da luta pelos direitos iguais. Queimado vive.
A Praça de Colina de Laranjeiras, na Serra, é palco toda sexta e sábado para a Feirinha Gastroartes que oferece…
O Governo do Estado abriu, nesta quinta-feira (2), 20 mil vagas para cursos profissionalizantes gratuitos. As inscrições podem ser feitas…
Francine Morellato Antes mesmo de sua inauguração, uma escultura em homenagem aos pescadores locais, situada na Praça dos Pescadores em…
Embora não esteja na lista dos mais incidentes, o câncer de ovário é uma neoplasia de difícil diagnóstico e isso…
Está querendo fazer um curso profissionalizante e não tem condições financeiras para isso? A Prefeitura da Serra em parceria com…
O Ministério da Saúde ampliou o público da vacinação contra a gripe (influenza). Agora toda a população acima de seis…