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Ativistas dizem que “canhão” da Vale não resolve pó preto

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Equipamento joga pequenas gotas d’água sobre o minério. Foto: Divulgação Vale

A Vale anunciou no último dia 10 a entrada em operação dos “canhões de névoa”, equipamento que asperge microbolhas de água sobre as pilhas de minério nos pátios 1 a 4. Segundo a empresa, isso irá reduzir a emissão de pó preto dessas fontes. Mas a tecnologia é criticada por ativistas, que há anos acompanham o problema da poluição do ar.

Caso do pintor e ativista Kléber Galveas, um dos mais antigos observadores do problema do pó preto na Grande Vitória. “Lembramos que um dos principais subprodutos expelidos pelas chaminés das siderúrgicas é o dióxido de enxofre (SO2); e que esse gás, combinado com a água, forma o corrosivo ácido sulfúrico (H2SO4), propiciando a terrível chuva ácida. Motivo da pressão do Canadá sobre os Estados Unidos, impedindo a expansão do Parque Siderúrgico no norte daquele país”, alerta em texto publicado em sua conta no Facebook.

Kléber é autor do projeto “A Vaca, a Vale e a Pena”, que há 23 anos usa o pó de minério que se precipita na varanda de sua casa, na Barra do Jucu, em Vila Velha, 13km ao sul de Tubarão. Com o material, ele faz pinturas alusivas ao problema, criando composições que ficam em exposição no seu ateliê, também na Barra do Jucu. Trabalho que o autor define como “provocação artística”.

Conselheiro Estadual de Patrimônio Ecológico Natural e Paisagístico, o geógrafo Alessandro Chakal Montenegro disse que a tecnologia não irá conter o pó preto. Ele escreveu, em rede social, que a única solução é fazer o enclausuramento total do complexo de Tubarão. “Tal como acontece no complexo siderúrgico da HyundaiStell, na Coreia do Sul”, compara. 

Da Ong Juntos – SOS ES Ambiental, o engenheiro químico Eraylton Moreschi Júnior disse que os canhões de névoa terão efeito semelhante às windfences (barreiras de vento) instaladas pela Vale em volta dos pátios de minério para cumprir acordo com Ministério Público e órgãos ambientais e ampliar em 40% sua produção final da década de 2000.

“As windfences um dia também foram tecnologia inédita. Todos viram no que deu, marketing de 77,4% de redução das emissões das pilhas de estocagem. Marketing! E o pó preto só fez aumentar”, escreveu em rede social Eraylton, que é morador da Ilha do Boi, em Vitória, um dos bairros mais atingidos pelo pó da Vale.

Mineradora diz que controle é eficiente

Em seu site, a mineradora diz que a aspersão faz com que as microbolhas se juntem às partículas em suspensão, retirando-as do ar e aumentando a eficiência do sistema de controle ambiental já existente, composto por wind fence (barreira de vento) e supressor de pó. Acrescentou que são três os canhões de névoa e que os equipamentos têm acionamento automático. 

Disse, ainda, que essa ação faz parte do conjunto de investimentos de R$ 1,27 bilhão previsto até 2023 para reduzir o pó preto, conforme Termo de Compromisso Ambiental (TCA)assinado pela empresa junto ao Instituto Estadual de Meio Ambiente (Iema) e aos Ministérios Públicos Estadual e Federal.

Esse mesmo TCA também determina que a empresa retire o minério descartado por décadas na praia de Camburi. E um dos destinos pode ser uma área aos pés do Mestre Álvaro, na Serra, o que é motivo de polêmica na cidade.

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