Os 23 vereadores que compõem a Câmara da Serra devem enfrentar este ano a avaliação do eleitor no pleito municipal marcado para o dia dois de outubro. Até lá, espera-se que a produção dos vereadores fique bem abaixo da média dos três primeiros anos, já que o plenário da Casa será o palanque para a prestação de contas e embates acirrados, uma vez que muitos parlamentares disputam os mesmos redutos eleitorais. É o que diz veteranos ex-vereadores que atuaram no município.
O experiente Aloísio Santana (PMDB), que foi vereador por quatro mandatos e já ocupou a cadeira de presidente da Câmara entre 2007 e 2008, diz que o ano eleitoral é extremamente improdutivo e dificilmente haverá quórum para votação de matérias importantes. “A partir de maio muda a relação interna, que fica mais sensível. Discussões sobre reduto eleitoral, já que muitos se enxergam como vereadores de bairro. Esta será a tônica, e este um ano atípico. Já o Executivo fica com a mão pesada sobre o grupo de vereadores contra a sua reeleição”, adiantou.
Com 32 anos e sete mandatos de vereador na bagagem, Sérgio Peixoto (sem partido) faz coro a Aloisio, mas pondera que é possível conciliar. “Geralmente as sessões, quando acontecem, são mais calorosas. Alguns passam a se ausentar para cumprir compromissos eleitorais, mas é possível conciliar”, disse Peixoto.
Para a atual presidente da Câmara da Serra, Neidia Maura Pimentel (PSD), todos têm consciência de que o ano eleitoral é diferente, mas isso não pode atrapalhar os trabalhos da Casa.
“Quero acreditar que teremos um ano de harmonia, com a independência entre os poderes, como tem sido. Finalizamos o ano com uma casa sem entraves”, relatou Neidia.