Por Conceição Nascimento
Após a proibição do financiamento para campanhas eleitorais por pessoas jurídicas, determinação da reforma eleitoral, candidatos aos cargos eletivos em 2016 amargam a dificuldade para financiar seus gastos, cujos recursos agora estão limitados a doações por pessoas físicas e uso do recurso do fundo partidário. Com isso, as campanhas inicialmente parecem mais modestas.
“Estamos recebendo doações pontuais de militantes. Esta campanha ficou subestimada economicamente, e acredito que tem campanha de vereador com mais recursos que a nossa de prefeito. Temos militantes não remunerados nas ruas e o apoio dos candidatos. Estamos calculando bem onde investimos os recursos que temos. Ainda não recebemos recursos do fundo partidário”, disse Cleber Lanes, presidente municipal do PT. O partido tem candidatura própria à Prefeitura da Serra, com Givaldo Vieira.
Segundo o presidente do PSDB, José Carlos Buffon, as mudanças obrigam partidos e candidatos a usarem a criatividade para fazer a campanha.
“A arrecadação está difícil, empresários não querem se expor. Ainda tem a questão da conjuntura do país, crise, descrença na política. O que temos é a arrecadação dos filiados, precisamos nos reinventar. Gastar sapato, conversar com as pessoas. Foi uma mudança muito radical, privilegia quem tem mandato, recurso próprio”, avaliou.
O candidato a prefeito da Serra, Gideão Svensson (PR), lembrou que está na expectativa de receber os recursos do fundo partidário.
“Ainda não recebemos doação. As mudanças merecem ser observadas por vários aspectos, moralidade, economicidade. O tempo de campanha dificultou para quem esta buscando a primeira eleição ou ocupar funções novas. Quem já está no poder leva vantagem sobre os demais”, disse.